Olhávamos para a embalagem?

ipod-lineup-1Num olhar sobre algo tão complexo como o marketing e a sua abrangência, só pode ser comparado com a própria complexidade da vida e com a criação da nossa “marca pessoal” (o “EU” a interagir com o mundo).  Nesta análise, observo que tal como os próprios mercados, nós levamos muito tempo a atingir a plenitude das nossas capacidades. Empresas por vezes são também vagarosas no que toca a perceber na integra, quem são os seus clientes e como querem ser tratados.

Não me lembro de olhar para a embalagem, lembro-me sim, de querer saber se o produto correspondia às minhas expetativas, não olhava para mais nada, hoje vejo caixas originais de produtos (essencialmente Apple) à venda no eBay por 20£ cada, estarei a sonhar? Não me parece, Steve Jobs, acabaria por mudar muita coisa no nosso dia-a-dia,  “sem querer”, mudou a forma como olhávamos para a embalagem. Embalagem essa, que é componente inegavelmente importante dos 4 “P”, Place – Distribuição.  Mas alguém parava para pensar na sua estética, alguém a desenhava sem olhar exclusivamente para a melhor fiabilidade e mobilidade na distribuição? Sim claro que havia;

“Steve Jobs passa (passava) quase tanto tempo a pensar nas embalagens de papelão dos seus gadgets quanto nos próprios produtos. Não é uma questão de gosto ou de elegância — embora isso também faça parte. Para Jobs, o ato de tirar um produto da sua caixa é uma parte importante da experiência do usuário e, como tudo o mais que ele faz, é pensado com muito cuidado.” in “Inside Steves Brain by  Leander Kahney

Nascia mais uma atividade de grande interesse para os “Marketing Makers”, o unboxing, que é nada mais do que a demonstração da primeira experiência de utilização do produto. Desde o tirar da película que envolve a caixa, até à primeira utilização do seu conteúdo. Simples, mas com uma capacidade extraordinária de aguçar o apetite do consumidor.

O impacto na forma como as marcas em geral olham para as suas embalagens, foi radical. O marketing de expectativa nunca foi tão utilizado como agora, os produtos que vão ser lançados num futuro próximo já estão a ser “destapados” pela própria Marca. A Sony lançou no seu canal Youtube um vídeo a que chamou The official PS4 unboxing video, numa clara estratégia de promoção através da embalagem, numa vontade clara de injetar um desejo incontrolável de compra nos seus consumidores.

É a plena associação dos paradigmas de técnicas de venda, o desejo de comprar, com a experiência de ver o produto a “nu” antes mesmo de lhe tocar. Acreditem que esta técnica vende muito, tem um público fiel e tão depressa não existem perspetivas que abrande, pois ainda agora está a começar  a ser plenamente abraçada pelas marcas fabricantes, caso para dizer, “Welcome to the unboxing era“.

Por: Diogo Guerrinha

Crónica História da Publicidade em Portugal – Paulo Canário

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Renault Clio Va Va Voom

A Renault UK fez aquando do lançamento do novo Clio série Va Va Voom um spot de televisão em que, entre vivos e mortos, entravam 6 famosos. Sendo que neste caso os mortos também recebem caché.

Thierry Henry, Audrey Hepburn, Rihanna, Marlon Brando, Dita Von Teese e David Bowie são os protagonistas do spot. Quando por vezes nas aulas se fala da utilização de estrelas em publicidade, referimos sempre o facto de Portugal ter poucas estrelas e por este exemplo podemos concluir que apenas teríamos alguém para substituir o Thierry Henry. Apesar de haver muita gente a tirar a roupa nem uma stripper famosa o pais tem. Mas não faz mal este anúncio é o exemplo que se podem contratar seis estrelas e fazer com elas um anúncio de que ninguém se vai lembrar no dia a seguir. Isto para não falar na montanha de cocaína que se usou para o cenário.

Um calendário para os “presos” ao tabaco.

A empresa GlaxoSmithKline detentora dos medicamentos NiQuitin resolveu criar um calendário criativo com o objectivo de ajudar diariamente os fumadores a deixarem de fumar.
Os fumadores, “presos” ao tabaco podem contar agora os dias sem fumar e ao mesmo tempo motivarem-se através deste calendário para que no final se sintam orgulhosos deles mesmos.

Advertising Agency: TBWA, Milan, Italy
Executive Creative Director: Francesco Guerrera, Nicola Lampugnani
Creative Director: Hugo Gallardo Dominguez
Art Director: Luciano Marchetti
Copywriter: Mirco Pagano
Account Executive: Diletta Carminati
Photographer: Luca Fontana
Production Company: First Floor Under
Creative Service Director: Valerio MinestraImage

Um presente para aqueles que deixam de fumar

A campanha da Comissão Europeia “Os Ex-Fumadores são Imparáveis” lançou uma plataforma que permite oferecer de uma forma personalizada o iCoach, uma ferramenta que visa a interrupção do consumo de tabaco. Ou seja, em conjunto com uma mensagem de encorajamento, qualquer pessoa poderá oferecer àqueles de que mais gosta um URL pessoal exclusivo para aceder ao iCoach.

É realmente uma pequena demonstração do Windows

A simplicidade é alcançada quando uma criança é capaz de explicar como funciona o novo sistema operativo da Microsoft. 

“O Windows 8 não é física quântica nem trigonometria, muito pelo contrário. Foi pensado em vocês, para vocês! Vejam os pequenos gurus em acção a mostrar-vos o quão simples é o Windows 8.”

 

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Super Bock aposta em anúncios com realidade aumentada

O primeiro anúncio em realidade aumentada da Super Bock estará disponível hoje, dia 28 de Dezembro, no jornal Público, dia 26 arrancou a fase de teasers a anunciá-lo tanto no formato impresso como na edição online do diário. “Abre a porta a 2013” é o tema do anúncio, visível a partir de um telemóvel ou tablet (iOS, iPhone e iPad, ou Android). O vídeo interactivo mostra um frigorífico Super Bock que contêm itens ligados à marca: praia, festivais de música, futebol e cinema, antecipando as comemorações da passagem de ano e a entrada em 2013.

História da Publicidade em Portugal – Clássicos de Natal

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Clássicos de Natal

Nos anos 90 do séc. passado um anúncio clássico era o da minha agenda. Não havia telemóveis, consolas, e qualquer coisa, que não fossem peúgas, era uma boa prenda de Natal. Tinha havido um investimento inicial em produção, sendo que o melhor era o jingle e esse era sempre o mesmo, mudava-se o fotograma com a capa daquele ano e o único investimento era em media. Éramos felizes com pouco, e por isso todos os anos era o mesmo anúncio e gostávamos.

Paulo Canário